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Uma investigação federal revelou que dezenas de pacientes nos EUA apresentavam sinais de consciência momentos antes de terem seus órgãos retirados
Uma investigação federal revelou que dezenas de pacientes nos Estados Unidos apresentavam sinais de consciência momentos antes de terem seus órgãos retirados. As informações são do jornal norte-americano The New York Times.
O relatório, conduzido pela istração de Recursos e Serviços de Saúde (HRSA), apontou falhas graves na conduta da Kentucky Organ Donor s, atualmente chamada de Network for Hope, entidade responsável por coordenar doações de órgãos no estado.
Em ao menos 73 dos 350 casos analisados, os sinais de alerta sobre a consciência dos pacientes foram ignorados, e os procedimentos só foram suspensos quando já estavam em estágio avançado. O caso que motivou a investigação foi o de Anthony Thomas Hoover II, então com 32 anos, que sofreu uma overdose em 2021 e ficou inconsciente por dois dias.
A família autorizou a doação de órgãos após diagnóstico de condição irreversível. No entanto, enquanto os preparativos cirúrgicos avançavam, Hoover ou a apresentar sinais de que estava consciente: chorou, puxou as pernas até o peito e balançou a cabeça. Durante um exame, se debatia na maca. Ainda assim, ele foi sedado para “impedir mais movimento”.
Registros mostram que a equipe médica do hospital estava desconfortável com a situação e chegou a afirmar que aquilo “parecia eutanásia”. Um médico se recusou a desligar os aparelhos, e, graças a isso, Hoover sobreviveu. Hoje com 36 anos, ele vive com sequelas neurológicas. A investigação federal identificou outras 103 situações com “características preocupantes”.
Em dezembro de 2022, por exemplo, um homem de 50 anos começou a despertar menos de uma hora após a remoção do e vital. Olhava ao redor, mas ninguém interrompeu o procedimento imediatamente. Quarenta minutos depois, quando seus órgãos já não eram mais viáveis para transplante, ele foi transferido para a UTI, onde conversou com a família e morreu três dias depois.
A prática em questão é chamada de “doação após morte circulatória”. Ao contrário da doação após morte cerebral, esses pacientes ainda mantêm alguma atividade neurológica, embora estejam em coma e dependam de e vital.
A retirada dos órgãos só pode ocorrer se a morte ocorrer naturalmente após a remoção dos aparelhos e deve respeitar uma janela de tempo rigorosa. As regras exigem que a equipe espere cinco minutos após a parada cardíaca para iniciar a extração, e proíbem qualquer ação que provoque ou antecipe a morte.
Apesar dessas diretrizes, a investigação mostrou que funcionários da organização pressionaram famílias a autorizar doações, atropelaram decisões médicas, insistiram em desligar o e vital mesmo diante de sinais de consciência e negligenciaram o fato de que sedativos e drogas ilegais poderiam mascarar o verdadeiro estado neurológico dos pacientes.
O governo federal exigiu mudanças imediatas. A Network for Hope deverá reforçar o treinamento das equipes, implementar reavaliações neurológicas a cada 12 horas em pacientes potenciais e melhorar a comunicação com os hospitais. Em nota ao jornal americano, a entidade afirmou que irá cumprir todas as recomendações.