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Pesquisadores da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, criaram um violino microscópico com 35 micrômetros de comprimento por 13 de largura
Pesquisadores da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, criaram um violino microscópico com apenas 35 micrômetros de comprimento por 13 de largura — menor do que um fio de cabelo humano.
A peça, feita de platina, não emite som e só pode ser vista com microscópio, mas representa um marco técnico: foi criada como demonstração das capacidades do novo sistema de nanolitografia da instituição. O sistema permite esculpir estruturas em nanoescala com extrema precisão, e deve impulsionar pesquisas em materiais aplicáveis à próxima geração de dispositivos computacionais.
“Embora criar o menor violino do mundo possa parecer brincadeira, muito do que aprendemos nesse processo, na verdade, lançou as bases para as pesquisas que estamos realizando agora”, disse a professora Kelly Morrison, chefe do departamento de Física e especialista em física experimental, em comunicado.
A imagem do violino foi produzida com o NanoFrazor, uma máquina de nanoescultura que funciona por litografia térmica de sonda: uma ponta aquecida, semelhante a uma agulha, grava padrões em materiais sensíveis ao calor. O processo começou com a aplicação de duas camadas de resist — um gel que reage ao calor — sobre um chip.
A ponta do NanoFrazor desenhou a cavidade do violino, que foi então preenchida com platina. Após uma lavagem com acetona, a imagem microscópica ficou visível. O processo de criação leva cerca de três horas, mas a equipe levou meses para ajustar técnicas e alcançar o resultado final.
O ambiente de produção é completamente isolado para evitar contaminações por poeira ou umidade. O chip é transferido entre câmaras seladas por braços metálicos operados externamente, o que garante a estabilidade do experimento.
A escolha do violino não foi aleatória. A peça faz referência à expressão irônica popularizada na década de 1970 pela série M*A*S*H: “Can you hear the world’s smallest violin playing just for you?” (“Você consegue ouvir o menor violino do mundo tocando só pra você?”).
A frase, geralmente acompanhada por um gesto com os dedos simulando um minúsculo músico, é usada para ironizar lamentos exagerados. A equipe decidiu transformar a figura simbólica em uma imagem real — ainda que invisível a olho nu.
Apesar de não ser funcional como instrumento musical, o violino sintetiza o potencial do sistema. Atualmente, dois projetos já estão em andamento com a tecnologia: um estuda alternativas ao armazenamento magnético de dados e outro investiga formas mais rápidas e energeticamente eficientes de processar e armazenar informações usando calor.
“Estou realmente animada com o nível de controle e as possibilidades que temos com esse sistema”, afirmou Morrison. “Quero ver não apenas o que eu posso fazer com ela, mas também o que outros pesquisadores poderão realizar.”