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Número de guerras em 2024 é o maior desde a Segunda Guerra, indica relatório

Relatório divulgado nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto de Pesquisas de Paz de Oslo (PRIO) contabilizou 61 guerras em 36 países

Redação Publicado em 11/06/2025, às 13h30

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Ataques aéreos israelenses em 7 de abril de 2024 em Khan Yunis, Gaza - Getty Images
Ataques aéreos israelenses em 7 de abril de 2024 em Khan Yunis, Gaza - Getty Images

O ano de 2024 registrou o maior número de conflitos armados desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto de Pesquisas de Paz de Oslo (PRIO). Foram contabilizadas 61 guerras em 36 países, superando os 59 conflitos em 34 nações registrados em 2023.

Para a principal responsável pelo estudo, Siri Aas Rustad, o aumento não se trata de uma flutuação pontual, mas de uma transformação estrutural no panorama internacional.

O mundo de hoje é muito mais violento e fragmentado do que era há uma década”, afirmou a pesquisadora à AFP.

O levantamento, baseado em informações compiladas pela Universidade de Uppsala, na Suécia, mostra que as guerras envolvendo ao menos um Estado causaram cerca de 129 mil mortes em 2024. É o quarto ano mais letal desde o fim da Guerra Fria, atrás apenas de 2021, 2022 e 2023 — impulsionado sobretudo pelos confrontos na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

A África concentrou o maior número de guerras estatais (28), seguida pela Ásia (17), Oriente Médio (10), Europa (3) e Américas (2), com destaque para os casos da Colômbia e do Haiti. Já os conflitos envolvendo apenas grupos não estatais — como milícias, gangues e cartéis — somaram 74 episódios, ligeiramente abaixo dos 80 registrados em 2023.

No entanto, a letalidade se concentrou nas Américas, onde esses grupos foram responsáveis por quase 13 mil mortes — o equivalente a 74% do total global (17,5 mil). O número é quatro vezes maior que o da África.

Segundo o PRIO, essa violência está diretamente ligada à atuação de facções armadas e cartéis de drogas. O relatório alerta para o agravamento do cenário e defende maior engajamento das grandes potências. 

Papel dos EUA

Rustad criticou o avanço de políticas isolacionistas, em alusão à nova gestão de Donald Trump, que reassumiu a presidência dos EUA em janeiro. Desde o início de seu terceiro mandato, Trump retomou a retórica nacionalista, cortando verbas para programas internacionais de ajuda humanitária e ameaçando reduzir drasticamente o apoio militar à Ucrânia. 

Além disso, o presidente voltou a questionar o valor de alianças multilaterais, insinuando que o país não deveria mais arcar com os custos de defesa de nações que, em sua visão, não "retribuem o suficiente". 

Não é momento para que os Estados Unidos ou qualquer outra grande potência renunciem ao seu compromisso internacional. O isolacionismo seria um grande erro, com consequências duradouras para a vida humana”, destacou Rustad.

Para ela, renunciar à solidariedade global neste momento crítico ameaça os pilares de estabilidade construídos desde 1945. “Seja sob o comando do presidente Trump ou de qualquer outro governo, virar as costas para o mundo agora é se afastar da ordem que os próprios EUA ajudaram a construir”, concluiu.