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Notícias / Crime

Paulo Cupertino é condenado a 98 anos pela morte de ator e família

Após quase três anos foragido, Cupertino foi preso em maio de 2022, e agora foi condenado a 98 anos de prisão em regime inicialmente fechado

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 31/05/2025, às 08h48

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Paulo Cupertino - Reprodução
Paulo Cupertino - Reprodução

Preso desde 2022, nesta sexta-feira, 30, Paulo Cupertino foi finalmente condenado pela morte do ator Rafael Miguel bem como de seus pais, Miriam Silva e João Miguel. A condenação foi de 98 anos de prisão, em regime inicialmente fechado.

Rafael Miguel foi morto no dia 9 de junho de 2019, em São Paulo, com apenas 22 anos; e, desde então, Cupertino fugiu das autoridades, ando quase três anos foragido antes de ser capturado, em maio de 2022. Agora, três anos após a prisão, ele foi oficialmente condenado pelo caso.

Ao todo, sete jurados se reuniram no fórum criminal da Barra Funda para concluir o julgamento. Todos os jurados votaram a favor da condenação, o que foi seguido por aplausos e comemoração dos familiares de Rafael; após o anúncio, somente a família das vítimas permaneceu no plenário, e o próprio réu, que chegou a acompanhar o debate, não esteve presente para ouvir a sentença.

Além de Paulo Cupertino, também havia outros dois réus: Eduardo José Machado e Wanderley Antunes, ambos acusados de colaborar com a fuga do empresário; eles, no entanto, foram absolvidos do caso.

Acusação e defesa

Conforme repercute o portal Splash, do UOL, quem representou a acusação foram os promotores do Ministério Público, Thiago Marin e Rogério Zagallo. Durante o interrogatório, que também ocorreu ontem, Cupertino os desafiou a provarem sua responsabilidade pelos homicídios.

Porém, o MP alega que o réu tinha posse legal de uma arma de mesmo calibre que a utilizada no crime, além de que laudos correspondem que a munição disparada contra Rafael Miguel é semelhante à do escritório de Cupertino. Além disso, "por que uma testemunha precisaria fugir, buscar documentos falsos e contratar um advogado criminalista se não é culpado?", acrescentou Zagallo.

Joel Cupertino, irmão de Paulo, também apresentou no julgamento o que seria o motivo de seu irmão para matar a família. Ele relatou em depoimento que Paulo estava "no veneno" após os pais de Rafael Miguel incentivarem a atriz Isabela Tibcherani — filha do réu e que namorava o jovem ator — a fazer um teste para uma produção.

O MP também destaca que Joel foi responsável por desaparecer com imagens de câmeras de segurança presentes no local em que ocorreu o crime — estas que apenas o próprio Joel tinha o. Além disso, a acusação também apresentou conversas entre Paulo e Wanderley Antunes no WhatsApp, que teria colaborado com a fuga do suspeito nos três anos que se seguiram, bem como Eduardo Machado.

A defesa de Paulo Cupertino, liderada pela advogada Mirian Nunes Souza, porém, segue defendendo que seu cliente não cometeu crimes, apontando que as provas apresentadas no caso não são suficientemente consistentes para uma condenação.

Ela pontua que não foi feito um exame de corpo de delito logo após o crime, de forma que a "inconsistência processual" prejudicou seu cliente. "As testemunhas não viram o crime e são consideradas oculares. Elas dizem ter escutado os tiros, mas não viram nada", afirmou a advogada.

Outro ponto destacado pela defesa foi sobre a segurança de Isabela Tibcherani, que participou de um podcast e falou sobre o pai, o que, segundo Mirian Nunes, teria feito com que ela "ganhasse fama". "Quer dizer que ela estava em paz enquanto Paulo estava foragido? Mas esse pai não é considerado perigoso?", questionou a advogada.

Além disso, advogadas também leram cartas de familiares de Cupertino, com inclusive uma sobrinha destacando que o tio era "amável" e "amava pessoas, animais e a natureza". A isso, a defesa acrescentou que Paulo fugiu devido à insegurança e à ampla cobertura da imprensa.

Apesar de tudo, Paulo Cupertino ainda foi condenado a 98 anos pelo caso, em regime inicialmente fechado.