Problemas estruturais, vazamentos e ameaça de detritos espaciais colocam em risco a segurança dos astronautas e o futuro da estação espacial
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/10/2024, às 18h40
A Estação Espacial Internacional (ISS), um símbolo da cooperação internacional e da exploração espacial, enfrenta um momento crítico. Vazamentos crescentes, especialmente no Módulo de Serviço Russo, Zvezda, e a crescente ameaça de detritos espaciais colocam em risco a segurança dos astronautas e o futuro da estação.
Desde 2019, a ISS enfrenta problemas com vazamentos de ar, principalmente no módulo Zvezda. Apesar de tentativas de reparo, a situação se agravou, preocupando a NASA. A agência espacial norte-americana e a russa Roscosmos monitoram de perto a situação e trabalham em conjunto para identificar a origem do vazamento e encontrar soluções.
Além dos vazamentos, a ISS está sujeita a constantes impactos de pequenos detritos espaciais. Embora a estação conte com escudos protetores, o risco de colisões com objetos maiores é uma preocupação constante. A NASA estima que existam milhões de detritos orbitais que podem causar danos graves à estrutura da estação.
Diante da gravidade da situação, a NASA desenvolveu um plano de evacuação de emergência para os astronautas americanos, que atualmente dependem de naves russas para retornar à Terra. A agência espacial também está estudando a possibilidade de retirar a ISS de órbita de forma controlada até 2030. No entanto, a continuidade das operações da estação depende da cooperação entre as agências espaciais.
A ISS é um laboratório único que permite realizar pesquisas em diversas áreas, como medicina espacial, biologia e física. A possibilidade de perda da estação representaria um grande retrocesso para a pesquisa espacial e para a colaboração internacional.
Apesar dos desafios, a exploração espacial continua sendo uma prioridade para diversas nações. A NASA, em parceria com outras agências espaciais, já trabalha em projetos para a construção de uma estação lunar e para missões tripuladas a Marte.
Leia também:Nasa oferece R$ 17 milhões a quem solucionar problema que afeta missões à Lua
