Novo documentário na Netflix, 'Titan: O Desastre da OceanGate' gira em torno da tragédia do submersível que implodiu em 2023 e chocou o mundo
Publicado em 09/06/2025, às 18h00 - Atualizado em 11/06/2025, às 19h52
Nesta quarta-feira, 11, estreiou Netflix o novo documentário 'Titan: O Desastre da OceanGate', que conta em detalhes o que precedeu e como foi uma das tragédias que mais chocou o mundo nos últimos anos, a implosão do submersível Titan, durante uma expedição aos destroços do Titanic, que vitimou cinco pessoas.
"O submersível turístico Titan implodiu no fundo do oceano ao visitar os destroços do Titanic. Este documentário detalha como uma visão audaciosa terminou em tragédia", descreve a sinopse da Netflix. Veja o trailer:
Ocorrida em junho de 2023, a tragédia do submersível Titan foi um dos assuntos mais comentados daquele ano, chocando o mundo quando uma expedição ambiciosa — embora aparentemente inofensiva — aos destroços do naufrágio mais famoso do mundo terminou em fatalidade, com a estrutura de Titan sucumbindo à pressão da água.
Confira a seguir 5 curiosidades sobre a tragédia do submersível Titan, que inspira novo documentário da Netflix:
Era 18 de junho de 2023 quando o submersível Titan, da OceanGate — empresa norte-americana de veículos aquáticos tripulados para indústria, pesquisa e exploração — iniciou sua viagem com cinco tripulantes pelas profundezas do Oceano Atlântico. A ideia era chegar até próximo dos destroços do RMS Titanic, a cerca de 4 mil metros de profundidade.
Uma hora quarenta e cinco minutos depois, o navio de apoio perdeu comunicação com o submersível, mas a equipe seguiu apenas aguardando algum sinal, pensando se tratar de uma mera falha nos sistemas de comunicação. Porém, Titan nunca submergiu novamente.
Oito horas após o mergulho de Titan ter iniciado, autoridades estadunidenses foram acionadas para investigar o desaparecimento. Foi somente alguns dias depois que veio a confirmação da tragédia: destroços foram encontrados, e foi apontado que o submersível sofreu uma "implosão catastrófica" — ao contrário de uma explosão, em que o objeto se expande, a implosão consiste no esmagamento da estrutura devido à pressão externa.
Na época, inclusive, repercutiu na internet um vídeo que simula como teria sido a implosão de Titan. O vídeo utilizou um modelo do próprio veículo da OceanGate, e adotou uma pressão em que se estima que o submersível estava. "Com o colapso instantâneo pela pressão, o casco aqueceria imediatamente o ar no submarino até aproximadamente a temperatura da superfície do sol, enquanto uma parede de metal e água do mar esmagaria de uma ponta do barco à outra em cerca de 30 milissegundos", declara o vídeo.
@starfieldstudio Submarine implosion demonstration. Educational #submarine#titan#titanic♬ Amityville Horror - Scary Halloween Sound Effects - Halloween Sound Effects
As investigações apontaram que a estrutura do submersível já havia sido criticado engenheiros e outras pessoas que avaliaram-no, seja por seu design quanto por sua composição. Por exemplo, em vez de adotar um formado esférico, que seria mais resistente, ele era cilíndrico; suas janelas de visualização foram classificadas para ser utilizadas a no máximo 1.300 metros de profundidade — enquanto Titan estava quase três vezes mais profundo que isso — e até seu casco de fibra de carbono, em vez de titânio.
"A fibra de carbono é considerada um material imprevisível (nas profundezas do oceano)", explica Patrick Lahey, CEO da Triton Submarines, uma fabricante de submersíveis relevante no mercado. Logo, conforme Titan mergulhava repetidamente — e ele já havia feito o trajeto mais de dez vezes, antes de implodir —, ele "estava ficando progressivamente mais fraco porque as fibras estavam quebrando. A engenhoca da OceanGate foi uma aberração".
Um aspecto que chamou grande atenção para a tragédia do Titan é o fato de que, sendo ele um veículo de uma empresa privada, e com capacidade para transportar somente cinco pessoas, certamente esta era uma viagem bastante seleta. E quatro das pessoas que morreram com a implosão eram empresários bilionários — exceto por um deles, que era filho de outro dos tripulantes.
Eles eram Stockton Rush, o próprio CEO da OceanGate, que tinha 61 anos; o empresário paquistanês Shahzada Dawood, de 48 anos, e seu filho Sulaiman, de 19; o empresário britânico do ramo da aviação Hamish Harding, 58; e o explorador francês e especialista no Titanic, Paul-Henri Nargeolet, de 77 anos.
Apesar da malfadada expedição de junho de 2023, o submersível Titan, como já mencionado, já realizou outras viagens até as proximidades do naufrágio. Na década de 1990, Paul-Henri Nargeolet detectou um sinal de sonar próximo ao naufrágio, o que levantou especulação de que poderia haver algo perturbando aquela região, como outro naufrágio ou uma formação geológica.
E foi a bordo do Titan que, em 2022, Nargeolet finalmente pôde explorar a estrutura desconhecida, e solucionou o mistério: nos destroços do Titanic, desenvolveu-se um grande ecossistema marinho em pouco mais de um século.
Nesta semana, chega na Netflix o novo documentário 'Titan: O Desastre da OceanGate', que gira em torno da jornada ambiciosa e inconsequente de Stockton Rush, CEO de uma empresa de submersíveis dos Estados Unidos, que partiu a bordo do submersível Titan com outros empresários em direção aos restos do naufrágio do Titanic — mas a expedição foi malfadada, com a implosão do veículo e a morte de todos a bordo.
