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Baseado em uma história real, Cidade Tóxica acompanha mães que buscam justiça após bebês nascerem com malformações congênitas
Uma das séries mais assistidas por brasileiros no catálogo da Netflix, "Cidade Tóxica" revela a trágica realidade de crianças que nasceram com deficiências devido à contaminação por resíduos tóxicos.
Composta por quatro episódios, a produção retratada como o Conselho de Corby recuperou uma antiga usina siderúrgica entre 1984 e 1999. Esse processo resultou na dispersão de resíduos tóxicos pelo ar, afetando a população local.
Muitas mulheres grávidas inalaram, sem saber, uma combinação perigosa de produtos químicos, o que levou ao surgimento de malformações congênitas.
A trama é centrada em Susan McIntyre (interpretada por Jodie Whittaker), que luta incansavelmente por justiça para seu filho Connor, nascido com uma mão deformada.
Durante décadas, McIntyre e outros pais processaram o conselho local, conseguindo comprovar que este havia ocultado os efeitos nocivos dos resíduos tóxicos.
Com isso em mente, saiba mais sobre a verdadeira Susan McIntyre e sua busca por justiça.
Susan McIntyre se mudou para Corby, Inglaterra, quando tinha apenas três anos. Em uma entrevista ao jornal The Times of London, publicada em 9 de fevereiro, McIntyre compartilhou que trabalhou em fábricas na região e era mãe solteira de Daniel e Connor McIntyre.
Ela relatou que sua gravidez com Connor, nascido em 1996, foi marcada por complicações severas. "Tudo deu errado, desde pré-eclâmpsia até diabetes gestacional. Fiquei internada cerca de cinco semanas até seu nascimento", contou.
Connor nasceu sem dedos na mão esquerda e ou por 20 cirurgias corretivas durante a infância. Ao descobrir que o Conselho de Corby era responsável pela contaminação, McIntyre ou a buscar justiça.
"O Sunday Times veio até minha casa e disse: 'Acreditamos que há um problema em Corby com crianças nascendo com deformidades. Podemos contar sua história?' Foi assim que tudo começou e nunca parou", relembrou.
Ela ou a usar a mídia para conscientizar sobre a batalha legal e o impacto que a deficiência de seu filho teve em sua vida. No documentário da BBC de 2020, "Toxic Town: The Corby Poisonings", McIntyre explicou que Connor sofreu bullying devido à sua condição.
"Ele não tinha paz com essas crianças; sofreu tanto bullying que chegou a chorar e dizia 'Mãe, não quero sair porque as pessoas estão olhando para minha mão'. Ele começou a morder a mão e tentou cortá-la. Mas eu acho que isso era um pedido de socorro. Tudo o que Connor queria era ser uma criança normal, crescer e seguir com sua vida. Mas ninguém lhe deu uma chance", desabafou.
Susan McIntyre e outras mães envolvidas no caso colaboraram com a produção da Netflix e se encontraram com os atores Whittaker e Aimee Lou Wood durante as filmagens.
No âmbito legal, o grupo de mães e seus filhos processaram o Conselho de Corby com o auxílio do advogado Des Collins (Rory Kinnear), sob supervisão do juiz Mr Justice Akenhead no Tribunal Superior, informa o Business Insider.
Em audiência realizada em 2009, Akenhead determinou que havia um número "estatisticamente significativo" de defeitos congênitos em Corby, responsabilizando o conselho por "perturbação pública, negligência e violação do dever estatutário".
Em 2010, o conselho chegou a um acordo financeiro com o grupo afetado. Firmado o acordo, Chris Mallender, executivo-chefe do Conselho de Corby, declarou: "O conselho reconhece que cometeu erros na limpeza do antigo local da British Steel anos atrás e estende suas mais profundas condolências às crianças e suas famílias. Embora eu aceite que dinheiro não pode compensar adequadamente essas pessoas jovens por suas deficiências e tudo o que sofreram até agora, esperamos sinceramente que esse pedido de desculpas juntamente com o acordo permita que eles deixem para trás essa batalha legal e sigam suas vidas com maior segurança financeira."