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Matérias / Judas

Judas: Veja o 'julgamento' que absolveu o traidor de Jesus na Paraíba

Após 2.000 anos, o apóstolo que traiu Jesus, Judas Iscariotes, foi absolvido em júri popular na Paraíba, em agosto; relembre!

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 16/12/2024, às 19h00

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'Remorso de Judas', de Almeida Júnior - Domínio Público via Wikimedia Commons
'Remorso de Judas', de Almeida Júnior - Domínio Público via Wikimedia Commons

Na liturgia cristã, Jesus viveu vários momentos memoráveis, incluindo a cura de um "leproso" e caminhar sobre as águas. Mas, um ponto crucial e decisivo da história do messias — inclusive representado em afresco por Leonardo da Vinci — foi quando reuniu seus 12 apóstolos e anunciou que havia um traidor entre eles, e que este seria crucificado.

Este apóstolo, cujo nome se tornou praticamente um sinônimo para "traidor", era ninguém menos que Judas Iscariotes, que "vendeu" Jesus aos soldados romanos de Tibério por míseras 30 moedas de prata. Isso culminou na morte por crucificação do messias, entre seus 36 e 37 anos; e Judas, tomado pelo desespero e arrependimento, se enforcou.

Afresco 'A Última Ceia', de Leonardo da Vinci / Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

No entanto, mesmo que Judas seja uma figura quase demonizada dentro do cristianismo, em agosto deste ano, quase dois milênios depois dos eventos narrados na Bíblia, ele foi curiosamente absolvido em júri popular simulado na Paraíba. Entenda!

Julgamento

Conforme repercutiu o g1 na época, durante o projeto Júri Histórico, uma simulação realizada no dia 30 de agosto pela Escola Superior de Magistratura (ESMA), no auditório da própria instituição de ensino em João Pessoa, magistrados, servidores do Poder Judiciário estadual, alunos de história, filosofia e artes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e o público em geral realizaram um julgamento para Judas Iscariotes.

E surpreendentemente, durante a atividade, a figura acabou absolvida pelo júri popular simulado, por quatro votos a três.

Judas foi realmente apontado como traidor de Jesus, entretanto, a maioria dos jurados entendeu o caso pela inexigibilidade de conduta diversa; ou seja, a traição era inevitável, visto que era parte da missão que aquele homem tinha que cumprir na vida do messias.

Fotografia tirada durante julgamento de Judas na Paraíba / Crédito: Divulgação/TJPB

Decisão histórica

Ao todo, o júri simulado levou mais de quatro horas para ser concluído, e ou por várias etapas, incluindo acusação, defesa, réplica, tréplica, e a fundamentação dos votos de cada um dos sete jurados envolvidos.

São escolhas seletivas de membros pensantes da sociedade, intelectuais, com mentes abertas para escutar e decidir segundo aquilo que considerarem mais adequado como resposta. Inclusive, cada um dos julgadores expressando as suas razões de convencimento. Não é um julgamento secreto. Esta é a distinção maior", disse na época ao g1 o diretor da ESMA, o desembargador Ricardo Vital.

"É uma temática do ponto de vista jurídico, histórico, e religioso. Então, tenho certeza que todos que estiveram presentes neste julgamento histórico, saíram bastante entusiasmados e é mais uma atividade da ESMA voltada a toda a sociedade paraibana", acrescentou, por fim, o "advogado de defesa" de Judas, Sheyner Asfora.