Saiba quem são os irmãos de Madeleine, a menina desaparecida durante as férias da família McCann em 2007 e que faria 22 anos nesta segunda-feira, 12
Publicado em 12/05/2025, às 17h00 - Atualizado em 14/05/2025, às 17h39
O desaparecimento de Madeleine McCann em 2007, durante férias em família em Portugal, pegou o mundo de surpresa — e transformou para sempre a vida de seus pais, Kate e Gerry, e de seus irmãos mais novos, os gêmeos Amelie e Sean.
À época com apenas dois anos, os dois cresceram em meio à ausência da irmã mais velha. Hoje aos 20 anos de idade, ambos se tornaram jovens determinados e talentosos, e, apesar da exposição midiática do caso e da dor persistente na família, foram mantidos longe dos holofotes até agora.
Amelie, que está atualmente no segundo ano de faculdade no norte da Inglaterra, é uma jovem extrovertida, querida pelos colegas, com longa cabeleira loira e covinhas como a mãe. Nos tempos de escola, conforme destaca o portal Daily Mail, destacou-se em competições de cross country e triatlo.
Já Sean, alto como o pai, é um excelente nadador. Desde os oito anos, treina com foco em competições de elite — e seu esforço tem rendido resultados expressivos: ouro nos 1.500 metros e bronze nos 5.000 metros livres em um campeonato internacional na Espanha, representando a Escócia, país natal de Gerry McCann.
Atualmente cursando engenharia química, Sean mantém uma rotina de atleta de alto rendimento, com nove treinos semanais na piscina e mais três na academia, somando 20 horas de dedicação.
Em um relato recente, explicou que começou a nadar competitivamente aos oito anos e, aos dez, já representava Leicester, acumulando títulos regionais e nacionais desde então. Seu objetivo agora é a seleção britânica para os Jogos Olímpicos de 2028.
Um amigo da família relatou que Amelie e Sean "sempre estiveram à sombra de Madeleine e eram vistos apenas como 'os gêmeos McCann'", mas "agora eles são jovens adultos e estão construindo suas próprias vidas." Seus pais, no entanto, nunca deixaram de ser presentes e incentivadores, apesar do sofrimento que enfrentaram.
Mesmo sem lembranças diretas da irmã mais velha ou daquele trágico feriado na Praia da Luz, Madeleine sempre esteve presente em suas vidas, seja nas conversas, nas datas importantes e até nos cômodos da casa em que vivem. Afinal, o quarto cor-de-rosa da irmã permaneceu intacto por anos, com presentes de aniversário cuidadosamente empilhados, prontos para serem abertos caso ela voltasse.
Na infância, Sean chegou a prometer que derrotaria "o homem mau" que levou Madeleine, enquanto empunhava uma espada de brinquedo. Também vale mencionar que os gêmeos estudaram em uma escola católica onde, mesmo com o ar dos anos, sempre houve um lugar reservado para Madeleine.
Morando na mesma casa em Rothley desde 2007, Kate e Gerry se dedicaram à comunidade e ao trabalho após o desaparecimento da primogênita.
Kate, que voltou à área da saúde pública durante a pandemia, hoje atua com pacientes com demência e é embaixadora da instituição Missing People. Já Gerry, professor universitário e pesquisador em cardiologia, recebeu recentemente um prestigiado prêmio, sendo reconhecido por seu trabalho.
Esse equilíbrio familiar, construído em meio à adversidade, foi fundamental para o desenvolvimento dos filhos. "Kate e Gerry estão satisfeitos com suas conquistas e com o fato de estarem trilhando seu próprio caminho na vida", afirmou Brian Kennedy, tio-avô dos jovens.
Os McCann seguiram adiante, mas, ainda assim, a ausência de Madeleine é uma ferida aberta. O desaparecimento da menina completou 18 anos no último dia 3. Além disso, hoje, 12 de maio, a britânica celebraria seu 22º aniversário.
Sem um desfecho, o caso segue sob investigação e, para a polícia alemã, o criminoso sexual Christian Brueckner é o principal suspeito. Apesar de indícios inquietantes encontrados em uma propriedade ligada a ele, Brueckner nega envolvimento e nunca foi formalmente acusado.
Enquanto isso, os McCann continuam com esperanças de encontrar a menina. "A esperança é tudo a que essa família teve que se agarrar por quase duas décadas", disse uma fonte próxima.
Mesmo sem respostas conclusivas, continuam atualizando o site da campanha Find Madeleine, respondendo a e-mails da Scotland Yard e mantendo as buscas. No site, uma pergunta é feita: "Por que continuamos?" E a resposta é clara: "Madeleine ainda está desaparecida, e alguém precisa procurá-la."
